A Termoprol Zanotti se une a família de Ânderson Borges, nosso colega de trabalho, um jovem de 25 anos esforçado que iniciou trabalhando na construção civil e que buscou uma vaga na montagem mecânica depois indo para a elétrica de nossa fábrica, trabalhando em muitas das máquinas nos últimos anos. A família hoje chora a morte de Ânderson, que covardemente foi assassinado num assalto ao voltar da academia com sua namorada e tentou pelo menos evitar o roubo de um celular.
Nós ficamos tristes por vermos pessoas esforçadas, trabalhadoras e de bem sendo golpeadas por esta tragédia.
A Termoprol Zanotti há 35 anos trabalha de forma honesta, dedicada e valorizando nossas pessoas, pois são elas que fizeram ao longos destes anos quem somos hoje. Nós não podemos fechar os olhos para o que ocorre, pois sabemos quantos impostos pagamos, quantas contribuições são cobradas dos holerites de nossos colegas funcionários. A indignação de saber a monta de recursos enviados ao Estado e de nada receber em troca é demais, é algo além da indignação, quase chegando a raiva.
O Estado não consegue hoje agir de forma efetiva no mais básico para o convívio social que é a Segurança, se facínoras como o assassino de Ânderson tivessem a noção de punição e o respeito pela instituição da polícia, com certeza a chance desta tragédia ocorrer seria menor; A Justiça hoje um ente corporativo com inúmeros juízes e assessores ganhando diversos abonos, auxílios, licenças, remunerações diferenciadas e outros privilégios, sem fazer andar processos que levam assassinos como o de Anderson para a cadeia de forma efetiva. Relativizando leis e determinando penas absurdas com ‘habeas corpus’ e penas temporárias de criminosos com fichas corridas, com saídas temporárias legalizadas por um conjunto de leis absurdo quanto ao Direito penal. Uma Legislação débil, benevolente com o criminoso, desrespeitosa com famílias honestas como a de Ânderson; Legislação feita por Deputados tanto Estaduais como Federais, além dos Senadores, que nadam em recursos para inúmeros assessores, verbas de deslocamento, remunerações auxiliares, auxílios de paletó, cafezinhos etc... E que contabilizam tragédias como esta como mais uma discutindo aspectos até pedagógicos quando morrem milhares de jovens como Ânderson, onde com metade de seus recursos poderíamos ter melhor Segurança em nossas ruas.
A indignação tomou conta de nossa empresa hoje, pois vimos um jovem, esforçado, trabalhador partindo deixando amigos e família, pela falta de Segurança. Não foi uma arma que disparou, a falta de educação de uma pessoa, a necessidade financeira de um miserável, foi um assassino disposto a matar por qualquer coisa que nos tirou a convivência com Ânderson. O mínimo que esperamos, reconhecendo o trabalho da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, é encontrar este assassino e que a Justiça lhe dê a pena mais dura possível, para que a família de Ânderson saiba que ao menos na terra dos homens foi feita justiça, entendedo que mesmo assim não teremos a sua convivência de volta.
Desejamos à família de Ânderson nossos pêsames, muita força para superar este momento e paz ao lembrar os bons momentos vividos com ele. Tenham certeza de que tivemos entre nós uma pessoa boa, um trabalhador e com certeza estará em nossa lembrança.
Um abraço forte
Termoprol Zanotti
